quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sem pressa

Quero ganhar o jogo no jogo da vida.
Vou fazendo amistosos, uns jogos treinos
nos campinhos da várzea.
Vou driblando o tempo.
Vou driblando a vida.
Vou empatando o jogo,
no jogo da vida, sem sair da briga
de cabeça erguida.
Vou fugindo dos peladeiros,
dos canelas de pau, dos galinhos de briga.
No jogo da vida,
vou driblando até as bandeirinhas escanteio,
para não perder a partida,
às vezes saio pela linha de fundo
com bola e tudo, feliz da vida,
de canela ralada, mas com a vitória garantida
no jogo da vida.
Não saio de campo nem que chova canivete.
Sou peladeiro na rinha da vida.
Sou brasileiro, pisado, sofrido...
Sou povo que entra em campo
pra ganhar o jogo, não importa se o jogo é feio,
ou se na arquibancada vou sofrer com o meu time,
vou lutar para ganhar o jogo, mesmo que feio.
Faço parte dos mudos , dos surdos dos cegos,
que da arquibancada aplaudem os Paloces,
o Ministro dos Transportes, também os Arrudas,
os Roris, os Srneis da vida e toda a camarilha
do Congresso Nacional que se juntam em partido
e repartem o que é nosso os cara de paus
e ficamos calados, esse é o Brasil.

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