sexta-feira, 13 de abril de 2012

Continuamos

Ainda agora, neste momento os nssos hérois,
continuam esquecidos, abandonados só lembrabos
no dia do velório ou na missa de sétimo dia.
Vejo neste instante os bandidos foragídos
da jstiça sendo procurados de mentirinha.
Vi na calada da noite os covardes, desertando
e gritando, salve-se quem puder.
Ainda neste momento, vi os idealistas abandonados
nas calçadas, expostos, esperando as baionetas dos tiranos,
lá nas calçadas onde caminhei um dia nas madrugadas.
Hoje eu queria voltar no tempo dos laços de fitas,
dos vestidos de chitas, vestidos coloridos...
Queria voltar no tempo dos amores escondidos,
das donzelas do meu tempo, na janela do passado.
Queria descobrir sozinho uma mina de brinquedos
lá no quintal da minha casa.
Seria a maior riqueza que alguém já escondeu,
lá pras bandas da minha terra.
Queria ser o premiado nesta vida, ter de volta
os papagaios coloridos, as bolas de meia,
quatro tijolos quebrados, dois de cada lado,
numa rua abandonada, perdida no tempo,
porém cheia de meninos gritando.
Queria ver chegar os meus amigos,
os amigos de peladas, todos gritando:
"Eu cheguei primeiro... Eu cheguei primeiro..."
Queria escolher os que iriam jogar do meu lado,
no meyu time e fazer gol de letra, até de canela.
Queria fantasiar de palhaço, mas nunca imaginei
que um dia iriam me fazer de palhaço.
Etá vida ingrata...
Eu sou um palhaço de verdade neste pais
do faz de conta...

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