quarta-feira, 4 de abril de 2012

Meu desejo

Eu queria que os meus versos tivessem vida própria,
que caminhassem com suas próprias pernas,
num vai e vem constante pela vida afora,
mas versos não possuem pernas,
mesmo assim eu queria a qualquer custo
a qualquer preço, que fossem lidos
em qualquer canto do Universo,
até mesmo nas praças distantes, nas praças abandonadas,
sem nomes, as que ainda não foram descobertas
pelos políticos, para dar a elas um nome
que colimasse com o seu interesse pessoal.
Eu queria que os meus versos fossem portadoras
se sentimentos, que voassem como o beija - flor,
ou que cantassem como o bem-ti-vi, feliz
agradeçendp o novo dia.
Eu querias que os meus versos iluminassem
a vida, como o sol de cada manhã
que chega para aquecer a terra.
Eu queria que os meus versos fossem musicados,
que fossem cantados em todas as esquinas
deste palco alucinante da vida,
só para espantar a inimiga pressa,
totalmente dirigida pelo relógio esta máquina fria,
composta de engrenagem de ferro,
que movimenta e comanda a vida,
que comanda os homens.
Eu queria deixar de ser um sonhador,
mas Deus, continua insistindo comigo,
dizendo nos meus ouvidos, desse jeito:
"Continue escrevendo ZÉ",
mesmo que não sejam lidos, faz bem a sua alma.
Quem sabe o que fala, é somente Deus,
o resto é resto, eu ouço.

Um comentário:

  1. Escrever é alcançar a liberdade nas próprias palavras, nos próprios versos, nas mais íntimas ideias e sonhos...
    Escrevo, e isso é minha válvula de escape...se as pessoas leem, fico muito agradecida, e mesmo que isso não aconteça, pago-me da tarefa da mesma forma.
    Porque quando escrevo, escrevo para mim e para DEUS, Aquele que realmente me inspira, e isso já um motivo mais do que suficiente para que eu continue a preencher linhas e mais linhas de uma folha de caderno.

    Belos versos, sábias palavras!
    Adoro ler o blog PÉROLAS POÉTICAS.
    Roberta Amaro.

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