sábado, 23 de junho de 2012

Passarela

O que foi feito da poesia,
a que foi embora um dia,
e quando partiu só deixou saudades
na minha alma.
Talvez ela volte a qualquer momento,
a desfilar nas passarelas do meu coração,
como as donzelas que vão desfilando
nas passarelas da vida.

O qu foi feito daquele sonho,
o que ficou perdido, jogado a um canto,
desbotando através do tempo,
perdendo a beleza, o encanto e o colorido
que só a vida nos traz.

O que foi feito daquele retrato,
o que ficou dependurado na parede
do seu quarto.

O que foi feito do seu sorriso,
aquele sorriso largo
que encantava a minha vida.
Agora só resta traços de lembranças
da nossa história.

O que foi feito daquele abraço!...

domingo, 17 de junho de 2012

Baú da saudade

Hoje eu despertei bem cedinho
com um baú de saudades,
e fiz com ele uma viagem no tempo
e em cada canto onde passava
o baú da saudade eu abria.
Primeiro passei pela rua dos sonhos,
depois vasculhei a praça dos desejos,
e por último parei na esquina da saudade,
sempre buscando lembranças,
as reminiscências do meu passado,
essas coisas armazenadas na alma,
que por nada vai embora!...
Quem passa pela vida e não vasculha
o baú da saudade,
só passa pela vida, mais nada...
Hoje joguei bolinha de gude, rodei pião,
chutei latinhas, briguei na rua,
quebrei vidraças, até bagaços de laranja
eu joguei nos transeuntes da vida,
depois subi no muro da vizinha
pra roubar amora e vi na janela do tempo
os meus amigos de infância,
que até dei gargalhadas de felicidade,
como há muito não fazia.
Hoje eu fui mais feliz que ontem,
quantas lembranças eu trouxe de volta
do meu passado.
Faça como eu, vasculhe o seu baú da saudade.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O nosso canteiro de amor

Dar - te ei uma flor silvestre,
apanhada ainda agora no campo da minha imaginação.

Ofertar - te ei um lote nas estrelas,
uma viagem no arco - íris,
a beleza do universo,
o encanto da natureza,
uma réstia do luar,
um beijo do amanhecer
e tantas coisas mais que possa te dar.

Dar - te ei um canteiro repleto de flores
para que possas regar todos os dias da tua vida,
o nosso canteiro de amor,
sempre cantando a nossa canção preferida,
aquela que fiz um dia à sombra do teu sorriso,
à sombra do teu olhar.

Dar - te ei uma alameda toda florida,
para que possas caminhar
semeando os teus sonhos e colhendo a paz,
no doce embalo da vida.

Dar - te ei o meu coração
a medida que precisares,
mesmo que pequenino,
mas carregado de desejos
e um canteiro só de amor perfeito,
para ser colhido no inverno da tua vida.

Dar - te ei...

sábado, 9 de junho de 2012

Foi o que vivi

A chuva da saudade
chegou devagarinho, de mansinho
e foi molhando por inteiro a minha alma,
até turvou os meus olhos
já cansados de tantas lembranças
perdidas no tempo,
essas coisas da vida,
essas coisas próprias do tempo,
as que vou garimpando
pela vida afora, sempre encontrando
restos de lembranças
que a chuva da saudade
trouxe de volta ao meu coração,
já combalido, quase morto de saudades.
A chuva da saudade caiu devagarinho
na janela e molhou por inteiro a vidraça
e fez poças pelo caminho
onde vou passando,
misturando lágrimas e chuva da saudade.
Agora a pouco, trovejou na minha alma,
anunciando uma chuva de saudades,
mas apenas garoou na minha alma