sábado, 28 de julho de 2012

Não vá embora

Não vá embora poesia,
nào vá embora da minha vida,
como foi embora aquele amor um dia,
como foi embora a chuva de verão,
como foi embora a poeira do estradão.
Não vá embora poesia,
não me deixe jogado a um canto,
como fez aquele meu amor primeiro,
quando foi toda arrumada pela estrada afora
com o primeiro que apareceu nas curvas do caminho,
sem dizer adeu, um até breve, eu vou voltar...
Não me deixe poesia,
como fui deixado outrora,
você é o único remédio da minha alma,
a cirúrgia que extirpa a dor,
a luz do meu destino,
a paz que me envolve ainda agora.
Não me deixe poesia,
abandonado no silêncio das madrugadas,
venha me fazer compania nas noites frias de inverno.
Hoje vou ficar esperando a poesia bater
a porta do meu coração e entrar sem pedir licença.
Venha poesia enquanto é tempo.

Alma lavada

Amanhã,
quando o sol no píncaro aquecer a terra,
quero caminhar descalço
pelas campinas, matas, campos e serrados,
quero ser livre como fui outrora,
de alma lavada, levantando a poeira
nos estradões, cavas e grotões...
lá pras bandas da minha terra.
Quero desenrolar as linhas do meu coração,
para trazer de volta um sonho
que ficou perdido no tempo,
aquele sonho que deixei pra depois, bem depois
quando fui embora da minha terra
de alma lavada,
de vida aquecida pelo sol da estrada.
Quero gritar como um menino
e escutar os ecos do meu grito:
"eu sou feliz, eu sou feliz..."
Agora a pouco voltei no tempo
de quando era uma crança,
de quando era um eterno sonhador,
que coloria a sua própria história
e fantasiava a vida por onde então passava.
Eu passei ainda agora em sonhos,
nas ruas da minha terra.

Ando louco de saudades

A chuva da saudade,
caiu agora pouco
no canteiro da minha alma,
fez corredeiras,
fez cascatas,
fez cachoeiras,
fez de tudo dentro do meu peito,
que até inundou a minha vida de saudades.
A chuva da saudade,
trouse lembranças,
trouxe de tudo um pouco,
trouxe você que estava perdida no tempo,
totalmente esquecida a um canto da vida,
mas a saudade falou alto
e fez ressucitar das cinzas
o que parecia quase morto no tempo,
que até despertou ainda agora este sonhador,
que viu na tela da vida,
aquele sorriso largo,
que nem o tempo desbotou da minha alma.
A chuva da saudade,
deixou marcas profundas no eito do caminho
por onde passamos juntos um dia,
neste vai e vem da vida.
A chuva da saudade,
continua a cair, é uma chuva lenta, fria, constante...
A chuva da saudade,
jamais se finda e não se finda,
em tempo algum da minha vida.

Tu me deste

Serena Senhor, serena...
serena a minha caminhada,
pois me deste gratuitamente a vida
e de sobra o direito de sonhar.
Tu me deste senhor,
páginas coloridas
onde escrevi  a minha história,
páginas memóraveis do meu viver.
Tu me deste Senhor,
a noite oara o descanso,
o dia para o labor
e o sol para aquecer a estrada
por onde passo,
o norte sul do meu viver.
Já caminhei mil léguas,
outras mil vou caminhar.
Tu me deste Senhor, a sombra
o que mais posso querer.

sábado, 21 de julho de 2012

Os restos

vasculho a alma.
Vasculho a vida.
Voltei no tempo para juntar os cacos,
aqueles que deixei espalhados a esmo,
por onde quer que passei um dia,
muitos cacos eu deixei no eito da vida.
Voltei para juntar os cacos,
daquele porta retrato
que trago guardado na intimidade da alma;
só não trago comigo os restos do retrato,
pois as traças do tempo,
semdó, sem clemência,
devoraram aquele retrato ao longo do tempo,
ao longo da vida...
Eu voltei na magia da vida.
Eu nvoltei para juntar os cacos,
para juntar os restos, se ainda restam
os cacos que deixei pela vida afora,
ao sabor do destino, ao acaso da vida.
Eu voltei.

Querer não é poder

Em cada esquina por onde passo,
vou colorindo o meu painel da vida.
Quero olhar as estrelas
numa noite de luar e voltar no tempo.
Quero caminhar livre pelas calçadas,
deixando livre o meu pensamento.
Quero ser julgadopela minha consciência,
ser absolvido de qualquer pecado.
Quero cumprir com lealdade o meu destino,
até o fim da minha vida.
Quero a liberdade de ir e vir
não essa liberdade "porca "da nossa Constituição.
Quero sonhar, amar, lutar até o derradeiro
instante e tombar como um bravo.
Quero um bando de andorinhas arruaceiras,
esvoaçantes ao vento.
Quero ver em sonho a casa onde nasci,
onde chorei, onde cresci para a vida.
quero deixar a minha história
gravada no tempo.
Quero voltar no tempo de quando
a palavra do homem valia bem mais,
muitomais do que uma cantet
falha sem tinta.
Quero ver prevalecer a verdade, a honra,
a lealdade, hoje coisas do dicionário.
Quero, quero um bando de quero - quero,
só assim que posso querer.

Tudo isto

Deus, Oh! Deus... ?
Por que não escutas o meu grito,
o meu clamor que debalde corre o infinito...
Escuta Senhor, escuta o meu grito.

Vida, Oh! vida?
Por que será que a incerteza
me espera, me espreita atrás dos montes.

Por que não me ofereces Senhor,
de presente, tão somente o amanhã.

Por que? Porque Oh! vida!...
Tamanha ambição a governar o mundo,
tudo isso só porque a ira cresce como bolo,
todo recheado, arrumado de indiferença,
que vai abastecendo o coração do ser humano.

Vivemos Senhor,
tão somente de sonhos, sonhos...
Ora de esperança, esperança vã,
assim vamos vivendo.

Coloque Deus uma pitada a mais
de amor neste bolo da vida.
Sonhos, sonhos...
Tudo foi um sonho.

Meu amor primeiro

enquanto os outros correm atrás do tempo,
eu viajo na saudade, buscando o meu amor primeiro.

Por onde andas meu amor primeiro,
em que mundo, em que estrela tu - te escondes,
a viajar por estas bandas do infinito,
deixando eu cá por estas bandas,
cá neste cantinho da terra
entregue a pensar na vida,
sempre carregado de saudades,
daquele leite gostoso que me fartou a vida,
que até derramava, pelos cantos da boca.
Por onde andas meu amor primeiro.
Já busquei - te namorando as estrelas,
cá do meu canto da saudade.
Já busquei -te a todo instante
vagando em pensamento,
que até pergunto ainda agora:
Por onde andas neste Universo?
Quisera ser eu um astronauta,
a varrer todas as estrelas,
buscando ver - te em algumas delas.
Quisera eu meu amor primeio,
voltar no tempo como faço agora,
vagando em pensamento por este mundo afora.
Como poeta vejo as coisas diferentes
dos outros mortais, que às vezes até
invento histórias só pra continuar vivendo.
Por onde andas meu amor primeiro.
Volte, volte...
Eu quero continuar contigo,
a qualquer custo pela vida afora,
nem que seja por um instante apenas.

Ando louco de saudades

A chuva da saudade,
caiu agora pouco no canteiro da minha alma,
fez corredeiras
fez cascatas,
fez cachoeiras,
fez de tudo dentro do meu peito,
que até inundou a minha vida de saudades.
A chuva da saudade,
trouxe lembranças,
trouxe de tudo um pouco,
trouxe você que estava perdida no tempo,
totalmente largada, deixada a um canto da vida,
mas a saudade falou alto
e fez ressuscitar das cinzas,
o que parecia quase morto no tempo,
que despertou este sonhador
que viu na telada vida,
aquele sorriso largo,
que nemo tempo desbotou daminha alma.
A chuva da saudade,
deixou marcas profundas no eito docaminho,
por onde passamos juntos um dia.
A chuva da saudade,
continua a cair, é uma chuva lenta, fria, constante....
A chuva da saudade,
jamais se finda e não se finda
em tempo algun da minha vida.