sábado, 28 de julho de 2012

Não vá embora

Não vá embora poesia,
nào vá embora da minha vida,
como foi embora aquele amor um dia,
como foi embora a chuva de verão,
como foi embora a poeira do estradão.
Não vá embora poesia,
não me deixe jogado a um canto,
como fez aquele meu amor primeiro,
quando foi toda arrumada pela estrada afora
com o primeiro que apareceu nas curvas do caminho,
sem dizer adeu, um até breve, eu vou voltar...
Não me deixe poesia,
como fui deixado outrora,
você é o único remédio da minha alma,
a cirúrgia que extirpa a dor,
a luz do meu destino,
a paz que me envolve ainda agora.
Não me deixe poesia,
abandonado no silêncio das madrugadas,
venha me fazer compania nas noites frias de inverno.
Hoje vou ficar esperando a poesia bater
a porta do meu coração e entrar sem pedir licença.
Venha poesia enquanto é tempo.

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