Amanhã,
quando o sol no píncaro aquecer a terra,
quero caminhar descalço
pelas campinas, matas, campos e serrados,
quero ser livre como fui outrora,
de alma lavada, levantando a poeira
nos estradões, cavas e grotões...
lá pras bandas da minha terra.
Quero desenrolar as linhas do meu coração,
para trazer de volta um sonho
que ficou perdido no tempo,
aquele sonho que deixei pra depois, bem depois
quando fui embora da minha terra
de alma lavada,
de vida aquecida pelo sol da estrada.
Quero gritar como um menino
e escutar os ecos do meu grito:
"eu sou feliz, eu sou feliz..."
Agora a pouco voltei no tempo
de quando era uma crança,
de quando era um eterno sonhador,
que coloria a sua própria história
e fantasiava a vida por onde então passava.
Eu passei ainda agora em sonhos,
nas ruas da minha terra.
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