quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Querer não é pecado

Em cada esquina por onde passo,
vou colorindo o meu painel da vida.
Quero olhar as estrelas
numa noite de luar e voltar no tempo.
Quero caminhar livre pelas calçadas,
deixando livre o meu pensamento.
Quero ser julgado pela minha consciência,
sser absolvido de qualquer pecado.
quero cumprir com lealdade o meu destino,
até o fimda vida.
Quero a liberdade de ir e vir,
não a liberdade "porca" da nossa Constituição.
Quero sonhar, amar, lutar até o derradeiro
instante e tombar como um bravo.
quero um bando de andorinhas arruaceiras,
esvoaçantes ao vento.
Quero ver em sonhos a casa onde nasci,
onde chorei, onde cresci para a vida.
Quero deixar a minha história gravada no tempo.
Quero voltar no tempo de quando a palavra
do homem valia bem mais, muito mais
de que uma caneta falha, sem tinta.
Quero ver prevalecer a verdade,
a honra, a lealdadde, hoje coisas de diciónario.
Quero, quero um bando de quero´- quero,
só assim que posso querer.  .

Oh! Deus

Deus, oh! Deus,
obatalha no primeiro rounde
onde estão os meus versos,
os versos que escrevi outrora,
versos que se perderam no tempo,
versos que clamam por justiça,
neste pais do faz de conta.

Deus, oh! Deus,
o meu rubor na cara empalideceu,
perdeu o tom, ficou anêmico,
de tanto ver a impunidade,
de tanto ver a roubalheira,
de tanto ver a injustiça,
de tanto ver os nulos no comando,
fez - me um indiferente, um covarde...
Triste fim de um sonhador.
Triste fim de uma nação.

Deus, oh! Deus,
desperta os brasileiros desta apatia,
deste comodismo, desta indiferença...
Só peço Senhor!...
Que não seja eu mais um soldado
que foge da batalha no primeiro rounde
e cai no mato como desertor,
antes mesmo do primeiro traque,
neste país que não vale um traque.
Debandaram todos, assim é o Brasil.
Salve - se quem puder, enquanto há tempo.
Apague a luz quando sair,
que você seja o último sofredor. 

sábado, 13 de outubro de 2012

Tardes de domingo

Não quero o meu nome numa praça qualquer de rua,
nem tão pouco um obelisco em minha homenagem
num canto qualquer de uma Praça Pública,
todo apedrejado, rabiscado, abandonado no tempo.
Não quero essas coisas passageiras,
só pra dizer que passei por aqui um dia.
Não quero deixar as marcas dos meus passos
nos passeios da vida, simplesmente por que passe
por aqui um dia,
simplesmente por deixar as minha marcas no tempo,
mas quero ser lembrado como construtor de sonhos,
como semeador de ideal, como arquiteto do destino,
como plantador de ilusões...
Confesso que gostaria de voltar
bem depois que for embora.
Quero voltar como as flores que voltam a cada primavera,
perfumando o ar que respiras, ou como o orvalho
que beija o teu rosto por mim nas madrugadas.
Quero um sorriso leal amigo bem antes de ir
embora rumo ao infinito, morada e descanso
deste guerreiro, que vai cumprindo o seu destino,
escrevendo a sua história, conforme o que está
no livro da vida.

Somente Ele

É somente Ele que me visita
a todo instante,
que descortina o painel da vida,
diante dos meus olhos.
É somente Ele que trabalha e doma
a minha alma e ainda brinca comigo,
quando quero brincar,
nos campinhos da vida...
É somente Ele que se dispõe
a ouvir as minhas lamúrias
e empresta ainda o lenço invisível,
para aplacar as minhas lágrimas.
É somente Ele que caminha do meu lado,
que me desperta todas as manhãs
com um sorriso farto como o das crianças,
ainda me empresta o dia para eu viver.
É somente Ele que avalisa e analisa
a minha vida e assina em baixo. Viva...
É somente Ele para fantasiar a minha vida
e alucinar o meu viver.
É somente Ele, o amigo certo
nas travessias da vida, equilibrando
o fardo que vou levando pela vida afora.
É somente Ele...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Minha oração

Obrigado Senhor,
pela vida que me deste.
Obrigado Senhor,
pelos olhos portal da minha alma.
Obrigado Senhor,
por enxergar as coisas da natureza,
o brilho das estrelas, o orvalho que cai,
o vôo das borboletas, as pedras do meu caminho...
Obrigado senhor,
por escutar o canto dos pássaros,
o sussurro do vento, a chuva que cai,
o riacho que canta...
Obrigado Senhor,
pelos braços que me deste,
sou feliz dde abraçar os transeuntes da vida.
Obrigado senhor,
pelas mãos estendidas, mãos que oferece
o pão a quem dele precisa.
Obrigado Senhor,
de poder caminhar çivre com as pernas
que me deste, quantos são impedidos
de ir e vir neste trajeto da vida.
Obrigado Senhor,
pelo poder do pensamento, que nutre
a minha alma de versos,
no doce embalo da vida.
Obrigado Senhor,
eu sou feliz de sentir, pensar, falar, amar...
Obrigado senhor,
por este momento sublime, fantastico,
de fazer parte da vida.
Obrigado Senhor...

Veja

Veja o que te espera ainda agora,
um tanto de calhordas,
todos a postos nas calçadas
a sua espera
e outros tantos de bandidos
a caminho do podium,
todos conduzidos pelo próprio povo brasileiro.
Agora você reclama, espezinha, chora...
mas votou neles um dia.
Hoje temos 38 no mensalão,
1 Arruda, 1 cachoeira e 1 falastrão
que dizia não saber de nada.
Agora temos um circo todo montado,
um Ali baba e seus 40 ladrões,
que vão continuar soltos rindo na sua cara.
Esse é o Brasil que você construiu.

Eu fui assim um dia

Moleque manhoso,
moleque atrevido, você já foi dono de um pedaço da rua,
já fez parte neste jogo da vida,
onde bateu, brigou, apanhou, brincou...
nas calçadas do tempo, nas ruelas da vida.
Moleque travesso,
moleque levado, você já fez parte das travessuras
as que foram gravadas nas esquinas da vida,
onde os teus sonhos moleque safado,
não era simplesmente uma bola de meia,
ou um papagaio colorido voando ao vento,
fazendo piruetas no azul do céu.
Moleque esperto,
moleque sabido, que trazia consigo um sorriso gostoso,
um sorriso maroto no canto do rosto.
Moleque peralta,
moleque moleque sapeca que sempre sorria
dos que tropeçavam nos becos da vida.
Moleque vivido nos campinhos da várzea.
Moleque malandro por natureza
que zombava dos outros moleques,
sem sonhos, omissos, sem garra, sem horizonte...
Moleque danado,
moleque dengoso, a vida é uma obra de arte,
um picadeiro encantado,
que carecce de artistas nos circos da vida.