quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Oh! Deus

Deus, oh! Deus,
obatalha no primeiro rounde
onde estão os meus versos,
os versos que escrevi outrora,
versos que se perderam no tempo,
versos que clamam por justiça,
neste pais do faz de conta.

Deus, oh! Deus,
o meu rubor na cara empalideceu,
perdeu o tom, ficou anêmico,
de tanto ver a impunidade,
de tanto ver a roubalheira,
de tanto ver a injustiça,
de tanto ver os nulos no comando,
fez - me um indiferente, um covarde...
Triste fim de um sonhador.
Triste fim de uma nação.

Deus, oh! Deus,
desperta os brasileiros desta apatia,
deste comodismo, desta indiferença...
Só peço Senhor!...
Que não seja eu mais um soldado
que foge da batalha no primeiro rounde
e cai no mato como desertor,
antes mesmo do primeiro traque,
neste país que não vale um traque.
Debandaram todos, assim é o Brasil.
Salve - se quem puder, enquanto há tempo.
Apague a luz quando sair,
que você seja o último sofredor. 

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