quarta-feira, 4 de abril de 2012

Portão do tempo

Bati no portão do tempo,
 ninguém ouviu, ninguém saiu...
 Bati novamente, novamente bati!...
 Bati, bati... Insistentemente bati.
 Ninguém escutou quem batia.
 tudo é vazio na casa do tempo.
 Fiquei foi batendo no portão do tempo,
 mas só ecos eu oivia,
 trazendo a ânsia, a dor, a saudade o desejo...
 Talvez só restou mesmo a ânsia
 de ouvir uma só voz vinda
 lá dos labirintos do tempo.
 A casa do tempo não tem ruas,
 não tem números, praças, becos ou ruelas,
 muito menos tem alamedas floridas no tempo.
 A casa do tempo não tem janelas,
 muito menos portas abertas de frente pro mar....
 Mas tem no imaginário do poeta,
 um portão largo totalmente aberto para o infinito.
 Tentei escutar a voz dos meus antepassados,
 a dos meus pais, logo ali, atrás do portão do tempo.
 Perdi foi tempo, tentando ouvir a voz do tempo.

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