Bati no portão do tempo,
ninguém ouviu, ninguém saiu...
Bati novamente, novamente bati!...
Bati, bati... Insistentemente bati.
Ninguém escutou quem batia.
tudo é vazio na casa do tempo.
Fiquei foi batendo no portão do tempo,
mas só ecos eu oivia,
trazendo a ânsia, a dor, a saudade o desejo...
Talvez só restou mesmo a ânsia
de ouvir uma só voz vinda
lá dos labirintos do tempo.
A casa do tempo não tem ruas,
não tem números, praças, becos ou ruelas,
muito menos tem alamedas floridas no tempo.
A casa do tempo não tem janelas,
muito menos portas abertas de frente pro mar....
Mas tem no imaginário do poeta,
um portão largo totalmente aberto para o infinito.
Tentei escutar a voz dos meus antepassados,
a dos meus pais, logo ali, atrás do portão do tempo.
Perdi foi tempo, tentando ouvir a voz do tempo.
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