Eu amava como um menestrel.
Eu amava como poucos então amavam.
Eu amava a minha história
que até coloria cada página
do livro que escrevia,
ou então bordava cada trecho
da enciclópedia da minha vida.
Mas o tempo inclemente foi apagando
o meu sorriso,
que foi desbotando as minhas fantasias,
às vezes desfolhando lentamente
as páginas da minha vida
e lançando ao vento os meus sonhos,
restos que me restam no calendário da vida.
O tempo foi amarrotando o meu passado,
às vezes desfazendo pouco a pouco
a minha história.
Eu amava cada pedra abandonada do caminho,
pois com elas eu calcei o meu destino.
Eu amava cada trecho da estrada,
cada curva, cada estrela do céu
da minha vida, por ora abandonadas.
Eu amava mas não chorava.
Jamais chorava... Jamais.
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