Lousa, lousa fria,
por certo me cobrirás um dia,
assim como cobriste tantos outros
que por aqui passaram,
e cobrirás outros tantos
no trancorrer da vida,
os que pela vida vão passando.
Bem sei oh! lousa fria
que vais cobrir o meu corpo um dia,
justamente quando eu for embora
para a eternidade.
Eu sei oh! lousa fria,
que ficarás bem ali, inerte, rígida,
muda até o consumar dos tempo,
abrigando, guardando, protegendo
os restos mortais do que fui um dia,
agora totalmente abandonado
esquecido lá na campa fria
onde me encontro aguardando o juizo final.
Restará apenas uma lápide rasteira,
simplesmente jogada ao chão,
com os seguintes dizeres:
Äqui jaz o Zé Maria".
Restará aos transeuntes uma pergunta?
Quem foi o Zé Maria!...
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