terça-feira, 17 de abril de 2012

Baú de recordações

Quantas lembranças, quantas saudades da minha infância.
Quantas lembranças da minha Terra - Perdões.
Quantas saudades trago na alma.
Quantos amores platônicos povoaram a minha alma.
Quem não tem lembranças já nasceu morto.
Hoje despertei cedinho de olhos bem arregalados, vendo na tela da vida o meu passado,
todo colorido como se filme fosse, passando ligeiro a minha frente, sempre trazendo de
volta fatos adormecidos, guardados na minha alma de quando eu era criança, de quando
corria, chorava, sorria, brincava... Lembrando o passado, pois a felicidade mora do meu
lado e domina o meu coração a minha emoção, foi quando escutei ao longe a voz da minha
mãe, que me gritava, que me chamava pelo nome: Vem cá meu filho!... Vem cá!... Vem cá!...
Vejam só quantas saudades, quantas lembranças, tive agora trazidas na voragem  do tempo.
Tempo covarde que não volta jamais. Tirei do baú das lembranças um tanto de recordações:
"Vi as panelas de barro no fogão de lenha, a água fervendo no bule para o café da manhã ,
o pão de quiejo, a broa de fubá, o torresmo quentinho, a linguiça defumando lentamente
no cantinho do fogão, a carne salgada secando no varal da minha velha casa, o balaio cheio
de cinza para destilar e produzir a diquada, para cozinhar os restos do bai naquele panelão
de ferro para fazer o sabão de bola, foi quando vi meu pai saindo apessado para vencer mais
uma batalha na vida.Vi o quintalda minha velha casa todo abandonado, vi a bicicleta do
Pedro da Tia Bia, o caminhãozinho de lata, vi a bola do Zé Miguel, ouvi as mentiras do
 Jeovane, as brigas homéricas com o Haroldo
Fernandes, eu me lembro como se fosse agora, lembro do doce de goiaba da Tia Ica, do
bambu zal do Pai Chiquinho, das professoras que escreveram a minha história, a Rua das Pedras,
a Praça da Estação, o beco do Turibinho, o Nicola, as minhas andanças no fubá, as férias em
Carmo da Cachoeira, as idas e vindas para o Gammon em Lavras, como e quanto eu era feliz e não
sabia. Que doce infância, que saudosa a dolescência. Mas o gostoso mesmo era quando brincava
feliz na Rua da Várzea e tinha sempre um estilingue a tira colo para o que desse e viesse. Quantos
passarinhos eu tifrei a vida. Hoje eu não queria perder um só lance da minha vida, queria, só queria
mesmo era ser amigo do tempo. Eu pergunto ainda agora, porque Senhor, tanta saudade armazenada
na minha alma? Que fiz Senhor, para merecer essa doença crônica que se chama saudade, que pouco
a pouco a minha alma invade, matando o sonhador nos caminhos da vida.
Eta saudade danada!... Eta infância querida!...

vi o velocipede do Ansio', a

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