As minhas tardes de domingo,
eram bem diferentes
das outras meninada,
eu corria, brincava... Eu sonhava!...
E já trazia bem guardada na alma,
a sementinha de poeta.
Até que um dia, Deus, apontou para mim,
os seus dedos cheios de amor,
e disse baixinho, quase sussurando:
Volte depressa! Volte depressa!...
Que vou abrir as portas do céu para você voltar.
Então, Deus, fez abrir as portas do céu, eu desci,
e aquela sementinho que estava
adormecida e bem guardada na minha alma,
germinou mais que depressa,
e nasceu por estas bandas cá da terra mais um poeta.
Isto foi numa tarde de domingo,
bem diferente das outras tardes da meninada.
Por isso sou poeta, ainda agora.
Obrigado, Deus!...
Obrigado por aquela tarde de domingo,
quando sussuraste nos meus ouvidos.
Volte!... Volte!... Vá ser poeta lá na terra.
Eu volte!... Eu voltei!...
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