Não importa que a tenham demolido,
o que realmente importa
é que continuo morando naquela Casa Velha.
Os sonhos fazem parte da minha vida,
eu não esqueci jamais um só dos meus sonhos,
mesmo passando tanto anos, pois foi lá onde nasci,
onde construi meus sonhos, vendo o mundo avtrés
de uma fresta na janela, que eu fizera um dia.
O pranto contido nos meus olhos, não é o mesmo
pranto que trago na alma, este é todo bordado
de sonhos e de saudades da minha Velha Casa:
"De cada palmo que percorri um dia,
de cada canto que visitei na vida,
de cada prego carcomido pelo tempo,
de cada táboa solta no assoalho
que rangia quando eu passava,
feliz como ninguém que por ali passava,
eu apenas pensava que tudo era eterno".
Hoje o que me resta são lembranças do passado,
um punhado de lembranças guardadas na alma.
que saudade do quintal da Velha Casa,
e das árvores que pareciam desafiar o tempo,
aquelas que tragho na memória,
mas o machado impiedoso e sem clemência,
foi cortando uma a uma as minhas árvores.
Antes eu era um menino cheio de sonhos e fantasias.
Agora sou um velho que vai caminhando
pela vida afora contando em versos
o que ficou guardado na alma,
as coisas da minha Velha Casa,
a que demoliram um dia.
Covardemente demoliram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário