A dor que me enleia ainda agora,
foi quando lembrei - me do passado,
quando lembrei - me dê - ti minha amada,
de quando visitavas o meu leito,
aquele que deixei vazio quando fui embora,
que continuou pronto para quando eu voltar.
Passou o tempo, eu parti para aguerra santa,
essa luta árdua que me impos a vida,
e tu ficaste logo ali, onde nasci outrora.
Agora que a neve do tempo anda a colorir
os teus cabelos de branco,
surge um mal sem cura
te coloca numa cadeira de rodas,
sempre de frente a uma janela,
vendo o quintal onde brinquei outrora,
foi neste momento que uma lágrima
furtiva molhou o teu rosto
e turvou os teus olhos
já cansados pelas cataratas do tempo,
as que covardemente o tempo ti presenteou,
foi neste instante que adentrei pela porta aberta,
tu levantaste como por milagre,
tu me abraçaste, eu ti abraçei sorrindo,
tu choravas porque eu voltei,
e me dizias em copioso pranto,
agora posso ir embora,
voê voltou para os meus braços.
Assim findou uma história de amor
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Quero na relva
Quero sentir o frio das madrugadas,
sentir como sentem os andarilhos,
que pela vida passam.
Quero caminhar ao relento
passando pela vida,
sem destino certo, sem hora de chegada,
e tomar posse de qualquer banco
de qualquer praça,
não importa onde,
mas que seja numa praça,
em qualquer canto,
até mesmo num canto abandonado,
mas que seja numa praça.
Quero na relva deitado,
olhar o céu todo estrelado
e esquecer por um instante a terra.
Quero um pão velho adormecido,
o que fartou na mesa,
o que sobrou ao chão.
Quero uma sanalia amarrada aos pés,
gasta, furada, velha, remendada...
Quero a vida enquanto durar a esperança.
Quero a camisa velha de volta,
aquela que o tempo guardou na gaveta.
Quero crer que vou cumprindo o meu destino,
o que está escrito no livro da vida.
Continuie os meus sonhos,
continuie os meus versos quando eu for embora.
Quero crer.
sentir como sentem os andarilhos,
que pela vida passam.
Quero caminhar ao relento
passando pela vida,
sem destino certo, sem hora de chegada,
e tomar posse de qualquer banco
de qualquer praça,
não importa onde,
mas que seja numa praça,
em qualquer canto,
até mesmo num canto abandonado,
mas que seja numa praça.
Quero na relva deitado,
olhar o céu todo estrelado
e esquecer por um instante a terra.
Quero um pão velho adormecido,
o que fartou na mesa,
o que sobrou ao chão.
Quero uma sanalia amarrada aos pés,
gasta, furada, velha, remendada...
Quero a vida enquanto durar a esperança.
Quero a camisa velha de volta,
aquela que o tempo guardou na gaveta.
Quero crer que vou cumprindo o meu destino,
o que está escrito no livro da vida.
Continuie os meus sonhos,
continuie os meus versos quando eu for embora.
Quero crer.
Lágrima da vida
Quisera ser a lágrima
que corre pelo seu rosto,
trazendo de volta as lembranças
perdidas no tempo,
essas coisas da vida,
essas coisas próprias do tempo...
Queria ser como o vento,
que toca o seu rosto ainda agora,
quando o relógio do tempo,
sem dó, sem clemência,
foi consumindo tudo, tudo,
até os nossos sonhos,
os que foram deixados na estrada da vida,
jogado a um canto, perdidos.
Queria ser como a primavera,
a perfumar o ar que respiras,
naquele banco ermo da praça,
perdido no tempo, e você ali,
de vestida de chita, de laço de fita,
desafiando a vida com um sorriso.
Só queria por um instante apenas,
dar uma volta no seu pensamento...
Eu queria voltar no tempo.
que corre pelo seu rosto,
trazendo de volta as lembranças
perdidas no tempo,
essas coisas da vida,
essas coisas próprias do tempo...
Queria ser como o vento,
que toca o seu rosto ainda agora,
quando o relógio do tempo,
sem dó, sem clemência,
foi consumindo tudo, tudo,
até os nossos sonhos,
os que foram deixados na estrada da vida,
jogado a um canto, perdidos.
Queria ser como a primavera,
a perfumar o ar que respiras,
naquele banco ermo da praça,
perdido no tempo, e você ali,
de vestida de chita, de laço de fita,
desafiando a vida com um sorriso.
Só queria por um instante apenas,
dar uma volta no seu pensamento...
Eu queria voltar no tempo.
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