quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Menino Travesso


Lá vou eu de novo
por estes caminhos estreitos,
agrestes, lavados, lavrados..
Lá vou eu de novo
nesta jornada,
de camisa molhada, de ferida profunda,
de carne pisada, de olhar perdido
na imensidão do mundo.
Sigo nesta estrada estreita,
agreste, de rochas,
de pedras, de pó, de areia...
Lá vou eu de novo
a procurar o meu riacho
sem cascatas, sem cachoeiras,
a procurar em sonhos a rua da Várzea,
a rua das Flores,
a rua das Pedras,
a árvore de óleo...
Lá vou eu de novo
nesta procissão de fé,
de estilingue em punho, de calção surrado,
encardido, remendado, orgulho do passado
de pano alvejado, tingido de tinta Guarany.
Lá vou eu de novo
pelas rua solitário,
menino descalço cheio de história para cntar.
Perdões, minha cidade...
Eu sou aquele menino travesso,
inquieto, de sacola cheia de pedras,
de amor.

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